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Aluno do PPGD tem dissertação premiada em importante concurso de ciências criminais

31 de agosto de 2023

O 27º Concurso de Monografias de Ciências Criminais, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), tem, entre os trabalhos premiados, o do aluno do mestrado em Direito da UCP, Kerston Benevides. A dissertação do mestrando ficou em 2º lugar no concurso, que é considerado o de maior prestígio nas ciências criminais em âmbito nacional, do qual participam teses de doutorado, dissertações de mestrado e demais trabalhos acadêmicos inéditos.

“É quase indescritível a sensação. Porque você submete seu trabalho, que é fruto de uma pesquisa, no meu caso, uma pesquisa empírica de um ano. Mais o tempo das aulas. Então são dois anos de trabalho. E você submete isso ao crivo de uma avaliação totalmente externa a você, de pessoas que não te conhecem. Ficar em 2º lugar em um concurso nacional tem uma representatividade. Principalmente porque o IBCCRIM é o maior instituto de ciências criminais da América Latina. Isso tem um peso absurdo. É quase indescritível a sensação de receber esse resultado”, destaca Kerston Benevides.

Mestre pela UCP, Kerston Benevides (3)

A dissertação de mestrado premiada, defendida no primeiro semestre deste ano, é intitulada O ANPP como instrumento autoritário: uma análise dos Acordos de Não Persecução Penal na cidade do Rio de Janeiro.

“O trabalho é uma pesquisa que foi desenvolvida na Defensoria Pública do Rio de Janeiro. O trabalho é o ANPP como um instrumento autoritário e a pesquisa buscava, então, identificar os espaços de autoritarismo nos acordos de não percepção penal. Para isso, foi desenvolvida uma metodologia específica, a aplicação de formulário. A partir da resposta a esses formulários, conseguimos tanto traçar um perfil das infrações e dos inquéritos, dos investigados, quanto também identificar os espaços de autoritarismo no ANPP por meio das respostas”, explica o mestre em Direito, sobre o processo da pesquisa, iniciado assim que entrou no mestrado.

“O formulário foi aplicado a todos os casos, no período de um ano, dos quais a Defensoria Pública do Rio participou. Pegamos a capital para fazer isso como amostra e foram mais de 200 casos analisados para chegar ao resultado da pesquisa”, comenta.

Mestre pela UCP, Kerston Benevides (1)

A banca de defesa foi composta pelos professores da UCP, Antônio Santoro, como orientador, e Flávio Mirza, além das convidadas, as professoras Luciana Boiteux (UFRJ) e Livia Paiva (IFRJ) que não apenas aprovaram o trabalho, como recomendaram para publicação.

“É essencialmente uma grande realização pessoal do nosso mestrando Kerston Benevides, que mostrou durante todo o curso imensa capacidade crítica e de produção. Um motivo de orgulho pessoal para mim, por tratar-se de uma pesquisa empírica com profunda coleta de dados que caracteriza minha atividade como pesquisador e foi executada com rigor científico e brilhantismo pelo Kerston. E uma imensa vitória para o nosso PPGD, que mais uma vez se habilita como destaque de excelência no cenário da pesquisa nacional”, destaca o professor do PPGD e orientador de Kerson, Antônio Eduardo Ramires Santoro.

Egresso do PPGD destaca papel da UCP na sua trajetória

Kerston Benevides não esquece, e ainda destaca, a relevância da Universidade em todo o processo da sua formação no PPGD.

“Sou suspeito para falar do papel da UCP na minha formação, porque foi uma universidade, um programa de pós-graduação em Direito que me cativou, desde o início. Na verdade, desde o processo de seleção. A gente passou por um processo seletivo, ainda durante a pandemia. Então, a gente tinha aquela situação muito delicada, das aulas online, do próprio processo seletivo, a própria entrevista ser online. Mas desde o primeiro momento, foi um programa em que eu me senti acolhido, já na seleção”, lembra ao contar que esse acolhimento e humanismo foram marcas deixadas pela Instituição.

“Depois que nós começamos o curso, eu vi que esse acolhimento ganhou proporções ainda maiores. A equipe de professores, mais do que competente, é absurdamente humana. Então trabalhar direitos humanos com esses professores é entender realmente o que é esse trabalho, o que é pensar direitos humanos. As reflexões são de nível altíssimo. Eu considero que eu tive muita sorte, porque a minha turma também levava a discussão para outro patamar, e eram pessoas extremamente dedicadas. Amizades que eu fiz e que continuam até hoje”, comemora exaltando o papel primordial do seu orientador.

Mestre pela UCP, Kerston Benevides (2)

“Nada disso seria possível sem uma orientação como a do Santoro. Realmente não teria a menor possibilidade de desenvolver um trabalho desse e chegar a uma premiação como essa, de segunda colocação, num concurso nacional se o Santoro não fosse o meu orientador. Ele comprou a briga da pesquisa e estava comigo em todos os momentos. De fato, ele foi um orientador. Aprendi muito com ele sobre metodologia de pesquisa, participei de grupo de pesquisa dele. Então isso foi o que me possibilitou desenvolver uma boa pesquisa”, afirma ao entender que o trabalho em conjunto foi reconhecido, dando mérito, também, ao professor e ao PPGD.

“Acho que o nosso trabalho em equipe, meu e do Santoro, foi reconhecido com esse resultado. E isso para mim é o mais importante. Tenho plena consciência, também, de que os fundamentos que eu tenho é graças a UCP e ao Programa de Pós-graduação em Direito, além do Santoro, que teve, sem dúvida nenhuma, o papel singular no desenvolvimento desse trabalho”, conclui.

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